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VAGAS EM ABERTO

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Se você compartilha os valores da Arayara.org e quer trabalhar conosco, inscreva-se para as nossas vagas.

  • Especialista de Advocacy

    A Arayara.org está com processo seletivo aberto para Analista de Advocacy. Confira, aqui, os critérios exigidos para a vaga, a descrição das atividades e forma de inscrição.

    O(a) Assessor(a) de Advocacy será responsável pelo acompanhamento, análise técnica e incidência no Legislativo e Executivo Federal para pautas socioambientais de interesse da ARAYARA.org.

    Perfil da(o) Candidada(o)

    • Formação básica em Gestão Pública, Jornalismo, Direito, Ciência Política ou compatível com a atividade de acompanhamento e incidência em Políticas Públicas socioambientais;
    • Comunicação assertiva em português;
    • Oratória e redação exemplares;
    • 5 anos de experiência em funções compatíveis com o perfil da vaga.

    Requisitos desejáveis (mas não excludentes):

    Diferencial:

    • Pós-graduação ou especialização em temática de clima ou
      socioambiental;
    • Espanhol avançado (escrita e fala);
    • Inglês avançado (escrita e fala);

    Descrição da Vaga/atribuições do cargo:

    • Apoio no monitoramento permanente de pautas
      específicas no legislativo e no executivo;
    • Elaboração de relatórios periódicos de avanços em pautas estratégicas de interesse no executivo e legislativo federal, bem como no legislativo de estados prioritários para a organização;
    • Participação em reuniões e eventos com organizações parceiras, parlamentares, gestores públicos para
      convergência e alinhamento de agendas e propostas;
    • Coordenação e articulação de eventos relevantes para a agenda em Brasília;
    • Participação em reuniões de equipe e time sênior;
    • Assessoria técnica à diretoria da ARAYARA em Brasília.

    Informações sobre o cargo:
    Regime de contratação: CLT (salário + bônus a combinar), PJ ou consultoria
    Benefícios: Vale Alimentação / plano de saúde / seguro de vida

  • Pessoa Contadora

    A Arayara.org está com processo seletivo aberto para Pessoa Contadora. Confira, aqui, os critérios exigidos para a vaga, a descrição das atividades e forma de inscrição.

    A vaga está necessariamente alocada em Curitiba-PR ou em Brasília-DF.
    Reporta-se à Diretoria e realiza atribuições contábeis e gestão financeira.

    Perfil da(o) Candidata(o)

    Nível Superior completo em Ciências Contábeis;
    Experiência mínima de 2 a 5 anos no cargo;
    Ter CRC Ativo;
    Desejável Conhecimentos de Finanças, Contabilidade de Terceiro Setor;
    Organização e proatividade;
    Relacionamento interpessoal e comunicação;
    Conhecimento de Excel nível intermediário, para elaboração de tabelas e relatórios
    Ensino superior completo;

    Diferenciais (requisitos desejáveis, mas não excludentes):

    Espanhol avançado (escrita e fala);
    Inglês avançado (escrita e fala);
    Experiência com sustentabilidade, causas socioambientais e terceiro setor;
    Experiência com o software Conta Azul;
    Desejável pós-graduação;

    Atribuições do cargo:

    Elaboração de Demonstrações Financeiras;
    Lançamentos contábeis;
    Análise e conciliação contábil;
    Apuração de tributos em consonância com a legislação;
    Elaborar e enviar obrigações acessórias;
    Cadastro de funcionários e prestadores de serviço;
    Cálculo de folha de pagamento, férias e guias previdenciárias;
    Elaboração de balancetes mensais para análise da gerência;
    Alimentação do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.
    Elaboração de prestação de contas financeiras de projetos;
    Abertura de CNPJs
    Elaboração da declaração de impostos de renda;
    Atendimento à auditoria externa
    Controle e gestão financeira
    Relacionamento e atualização de cadastros em instituições bancárias
    ECF – Escrituração Contábil Fiscal.
    ECD – Escrituração Contábil Digital.
    SEFIP – EFD – que traz informações de apuração do Cofins, INSS e PIS.
    RAIS – Relação Anual de Informações Sociais.
    CND’s – Certidões Negativas de Débitos
    Participação em reuniões operacionais;

    Informações sobre o cargo:

    Dedicação: 44 horas semanais
    Regime de contratação: CLT (salário + bônus a combinar)
    Benefícios: Vale Alimentação / plano de saúde / seguro de vida

    Disponbilidade para viagens.

  • Analista Administrativo-financeira

     

    A Arayara.org está com processo seletivo aberto para Analista Administrativo Financeira. Confira aqui, os critérios exigidos para a vaga, a descrição das atividades e forma de inscrição.

    Objetivo da Vaga:

    Realizar as atividades administrativas e financeiras, garantindo o cumprimento dos objetivos da organização e o gerenciamento eficiente dos recursos.

    Principais Responsabilidades:

    • Supervisão e controle de fluxo de caixa, elaboração de relatórios financeiros, conciliações bancárias, entre outros.
    • Utilização e alimentação do sistema de controle financeiro.
    • Gerenciamento e análise de contratos e parcerias.
    • Coordenação de processos administrativos internos, como compra de suprimentos, gestão de pessoal e manutenção de instalações.
    • Desenvolvimento e implementação de processos e políticas internas.
    • Relacionamento com stakeholders, como bancos, fornecedores e parceiros.

    Qualificações e Experiências Necessárias:

    • Formação superior completa em Administração, Economia, Contabilidade ou áreas correlatas.
    • Experiência mínima de 5 anos em funções administrativo-financeiras.
    • Capacidade analítica e visão estratégica.
    • Conhecimento em softwares de gestão financeira e pacote Office avançado.

    Diferenciais:

    • Experiência em ONGs ou instituições do terceiro setor.
    • Experiência com o uso do sotware ONGSys
    • Ter formação em contabilidade ou controladoria
    • Conhecimento sobre legislações específicas relacionadas a organizações sem fins lucrativos.

    Processo Seletivo:

    • Envio de currículo e carta de apresentação até 30 de Setembro.
    • Análise de currículos.
    • Entrevistas individuais com candidatas selecionadas.
    • Dinâmica em grupo ou caso prático.
    • Entrevista final com a direção.

    Benefícios:
    Vale transporte, vale refeição, plano de saúde e seguro de vida

    As pessoas interessados devem enviar o currículo e a carta de apresentação para seleção@arayara.org até 30 de Setembro de 2023. No assunto do email, incluir “Candidatura – Analista Administrativo Financeiro” Por favor incluir três referências e a pretensão salarial.

    Compromisso com a Diversidade:
    O Instituto Arayara valoriza a diversidade e busca garantir um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso. Damos preferência para candidatas mulheres negras ou indígenas, como parte do nosso compromisso em promover a diversidade e inclusão em nosso ambiente de trabalho.

PROCESSO SELETIVO

PARA DE CANDIDATAR
Interessado(a)s devem enviar e-mail para selecao@arayara.org até 05/09/2023 com o nome da vaga no título do email (Vaga Analista de Advocacy-BSB ou Vaga Pessoa Contadora ou Vaga Analista Administrativo Financeiro):

✓ CV atualizado;

✓ Carta de interesse;

✓ Pretensão salarial;

✓ Duas referências;

✓ Para a vaga de analista de advocacy: Breve análise conjuntural, de autoria própria, das perspectivas para a política socioambiental nacional (2 páginas);

Seminário Litigância Climática

Seminário Litigância Climática

Litigância de Transição Energética Justa e o Enfrentamento das Mudanças Climáticas no Brasil

Arayara e OAB-DF convidam para o Seminário de Litigância Climática que acontecerá no Dia Nacional de Conscientização Sobre Mudanças Climáticas, 16/3. Inscreva-se aqui!

Nesta Quinta, dia 16/3, o Instituto Internacional Arayara em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil, por sua Comissão Especial de Mudanças Climáticas e Desastres Ambientais, realizará o Seminário “Litigância de Transição Energética Justa e o Enfrentamento das Mudanças Climáticas no Brasil”.

 

O evento tem como objetivo enriquecer a discussão sobre transição energética justa no Brasil, em especial no contexto de enfrentamento das causas das mudanças climáticas.

Serão abordadas a ADI 7095 que aponta a inconstitucionalidade a Lei Federal 14.299 de 05 de Janeiro de 2022, que criou o Programa de Transição Energética Justa (TEJ) e prorrogou o funcionamento do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda – SC até, pelo menos, 2040 e também a ADI 7332 que questiona a constitucionalidade da Lei Estadual 18.330/22 de Santa Catarina, que instituiu a Política Estadual de Transição Energética.

O evento convida experts em litigância climática e estima contar com a presença de especialistas do Grantham Institute (LSE – UK) e Sabin Center (Columbia – US), bem como de atores do governo, da sociedade civil e do meio jurídico.

PARTICIPANTES

· Litigando a Transição Energética – Nauê Azevedo e Suely Araújo (Advogados / Observatório do Clima)

. Litígios Climáticos e Transição Energética – Maria Antônia Tigre (Sabin Center, Columbia-US)

. Litígios Climáticos e Transição Energética – Joana Setzer (Grantham Institute, LSE-UK) 

· Litígios Climáticos, Transição Energética e Advocacia – Marilia Longo (Advogada, OAB-RS)

· Litigando a Transição Energética – Luiz Ormay Jr (Advogado, ARAYARA, REDE)

. Transição Energética e Mudanças Climáticas – Nicole Oliveira (ARAYARA)

. Transição Energética e Direitos Humanos – Gabriel Mantelli (Advogado, Conectas)

. Transição Energética no Brasil – Rodrigo Agostinho (Presidente do IBAMA)

. Sociedade Civil e Transição Energética – Wesley Diógenes (Porta-Voz/Presidente REDE Sustentabilidade)

. Transição Energética e Comunidades Tradicionais – Patrícia Guimarães (Advogada, OAB-DF)

Será realizado em formato híbrido, com certificação de 4 horas de atividade complementar.
As inscrições podem ser feitas através formulário abaixo.

 

SERVIÇO

O quê: Litigância de Transição Energética Justa e o Enfrentamento das Mudanças Climáticas no Brasil – O caso das ADIs 7095 e 7332
Quando: 16 de março, das 9h às 12h
Onde: Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal e online: canal @InstitutoArayara no YouTube
Endereço: BL B – SEPN 516, Lote 7, 2º andar – Asa Norte, Brasília – DF, 70770-522

 
 

INSCREVA-SE AQUI👇

 
 
 
Participantes do Seminário Litigancia de Transicao Energetica Justa e Mudancas Climaticas

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COP26: Bolsonaro é o maior vilão ambiental desde Estocolmo, 1972

COP26: Bolsonaro é o maior vilão ambiental desde Estocolmo, 1972

Ao fugir da Conferência do Clima em Glasgow, Presidente indica acirramento da violência contra imprensa e opositores, mas terá de lidar com a realidade: 78% dos brasileiros  acreditam serem as mudanças no clima uma das maiores preocupações da humanidade

Carlos Tautz

A Conferência das Partes da Convenção do Clima, a COP26 (31/10 a 12/11 em Glasgow, Escócia) não precisou nem começar para o Presidente Jair Bolsonaro alcançar a inédita condição de o maior vilão global ambiental desde 1972.

A conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada em Estocolmo (Suécia), há 49 anos, iniciou o longo ciclo das grandes conferências da ONU sobre meio ambiente e e desenvolvimento e marcou a história com o momento a partir do qual se popularizou o conceito de limites físicos do crescimento econômico, que marcou toda a produção científica global, a geopolítica, a forma de produzir energia e que, em última análise, justifica a própria realização desta Conferência na capital escocesa.

Para não expor Bolsonaro a constrangimentos ainda maiores do que ele já presenciou na Itália neste fim de semana, quando foi apartado pelos chefes de Estado na reunião do G20 e sequer saiu na foto oficial do evento, um Itamaraty agora negacionista agiu.

Tentou reduzir em Glasgow os danos à já destroçada imagem de um presidente negacionista e oportunista, que gargalhou da morte quase 610 mil brasileiros durante a pandemia, por recusar uma marca de vacina ao seu próprio povo enquanto seus comparsas no Ministério da Saúde fraudavam concorrências para comprar imunizantes de fornecedores cúmplices.

É o mesmo Itamaraty que, após ter sido há cinco ou seis governos um dos propulsores da idéia de responsabilidades comuns porém diferenciadas (que orienta a Convenção do Clima), agora sugeriu ao ex-capitão Bolsonaro bater em retirada para Brasília, antes mesmo do evento climático, a que todos os chefes de Estado importantes fazem questão de comparecer.

Porém, como é da lógica do jeito Bolsonaro de ser, ele não perdeu a oportunidade de protagonizar, em Roma, antes da fuga para seu bunker no Planalto, cenas típicas da violência política que já se assiste no Brasil desde a campanha do Presidente, em 2018.

Um cenário, aliás, que tende a  se radicalizar à medida em que, entre outros fenômenos sociais, crescem o desmatamento e as emissões de gases estufa no Brasil, a crise política e econômica se agrave e continuem a cair as intenções de voto que o ocupante do Palácio ainda mantém, para as eleições presidenciais de 2022.

Radicalização da violência

Na capital da Itália, ele ultrapassou o limite das agressões verbais que fazia principalmente contra jornalistas mulheres e terceirizou a seus seguranças a tática da agredir repórteres, agora fisicamente. O quadro, preparem-se, já indica que aumentará a violência por parte dos adoradores do Bolsonaro na velocidade em que se aproximarem as eleições do ano que vem.

Ontem, ao final da reunião do G20, quando foi a rua encontrar a meia dúzia de apoiadores acríticos, Bolsonaro deu a senha para sua tropa de choque investir contra repórteres, quando respondeu de forma violenta ao correspondente da TV Globo, Leonardo Monteiro.

Na sequência imediata, Leonardo levou um soco de um segurança e foi empurrado. Ana Estela Pinto, da Folha de São Paulo, foi empurrada com violência pelo menos quatro vezes, e Jamil Chade, do UOL e El País Brasil, que filmava tudo com seu celular, teve o aparelho roubado e posteriormente jogado fora, por parte de outro segurança de Bolsonaro. 

Essas agressões provam que vem se radicalizando ainda mais a tática da violência por parte do Presidente e seus apoiadores. O negacionismo fascista de Bolsonaro logicamente escolhe como alvo privilegiado aqueles que produzem a informação e o conhecimento e que, assim, escancaram a visão anti-democrático do Presidente.

Jornalistas, cientistas, professores, indígenas e ambientalistas, com suas profissões, suas denúncias e sua militância, que se cuidem – ou que corram, os quen puderem.

Nesta segunda-feira (1) de manhã, a polícia política italiana foi ainda mais longe e fez o clima esquentar. Em Pádua, onde Bolsonaro teria compromissos políticos. Pelotões típicos da Era Mussolini agrediram violentamente com golpes de cassetete e jatos d’água centenas de pessoas que denunciavam Bolsonaro pelos crimes de genocídio na pandemia e de desmonte das políticas públicas, inclusive as ambientais e de direitos humanos.

As cenas podem ser vistas aqui.

O capitão bate em retirada para Brasília

Sabedor de que esse clima de rejeição é ainda mais agudizado na COP26, onde seria amplificada a denúncia dos desmontes e violências, chegando ao estímulo aberto ao garimpo ilegal até em terras indígenas demarcadas, Bolsonaro fugiu.

Voltou para Brasília, e proibiu a presença em Glasgow até do seu vice, o general aposentado Hamilton Mourão, que desde fevereiro de 2020 Mourão preside o Conselho da Amazônia.

Integrado apenas por representantes de vários ministérios e sem qualquer participação da sociedade civil, o Conselho apenas se configurou como mais um espaço militarizado na gestão Bolsonaro.

Uma bocarra, daquelas em que oficiais superiores, a começar por Mourão, acumulam inconstitucionalmente jetons, DAS, diárias e toda sorte de privilégios de que usufruem nababescamente os militares que nuca combateram, desde que o capitão Bolsonaro conseguiu chegar ao Palácio.

Em verdade, no período Mourão à frente do Conselho, centenas de militares foram empregados em operações onerosas (custaram seis vezes mais do que os orçamentos das agências de regulação ambiental ICMBio e Ibama), em substituição aos tarimbados agentes ambientais, e as taxas de desmatamento e de emissão de gases estufa bateram recordes históricos duas vezes.

Dados como esses não escandalizam e preocupam “somente” a opinião pública mundial, os mercados importadores de produtos brasileiros (cada vez mais taxados de anti-ambientais) e aqueles chefes de Estado que já isolaram Bolsonaro no G20.

“Bolsonaro é uma ameaça à vida humana”

A opinião deles, a propósito, foi sintetizada em entrevista à Folha, nesta segunda, por George Monbiot, influente colunista do The Guardian: “Bolsonaro é uma ameaça à vida humana”, afirmou Monbiot. “Ele (Bolsonaro) representa uma ameaça em muitos níveis para os brasileiros, mas também uma ameaça global em proteger não apenas a Amazônia, mas também o cerrado”.

Essa não é apenas uma opinião de gringos. O público interno, aquele que parece ser a única preocupação de Bolsonaro porque pode lhe garantir ou negar votos, dá sucessivas mostras de que rejeita o governo pela sua atuação o campo climático e ambiental.

O front interno

Segundo pesquisa publicada hoje pela revista Exame, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ideia, para 78% dos brasileiros, “a mudança climática é um risco para toda a humanidade, levando a eventos extremos como enchentes, incêndios e furacões”.

“A maior parte das pessoas acha que a resolução do problema do aquecimento global passa pela Amazônia”, disse Maurício Moura, diretor do Instituto Idéia. “Isso é muito importante, porque parece que é um assunto que parece distante dos grandes centros brasileiros, mas que a pesquisa mostrou que adquiriu muita substância na busca da solução do problema”, completou.

Não há notícia pior para a um negacionista. A consciência informada dos eleitores, principalmente contra os tais 20% que todas as pesquisas indicam serem o núcleo duro dos que insistem em apoiar de forma acrítica qualquer avanço bolsonaresco sobre florestas e direitos indígenas, é o maior obstáculo que se coloca para quem faz do ódio cego e das opinões pré-formadas sobre tudo a única estratégia para chegar e se manter no poder.

Isto significa que Bolsonaro e Mourão podem continuar isolados e fugidios em eventos e convescotes internacionais. Esses fóruns nada mais renderão aos culpados, se tanto, do que extensas, assombradas e inúteis cartas de repúdio. A opinião alheia nada importa para quem se pós-graduou em elaborar e disseminar notícias falsas nas quais eles próprios acreditam como se estivessem em um Brasil paralelo.

Mas, a realidade política no Brasil, que tende a se transformar em realidade concreta e aguda à medida em que a luta pelo poder vá se afunilando, resultará em várias consequências.

A começar pelo aumento na intensidade da violência oficial, como se viu com o episódio das agressões cometidas contra jornalistas em Roma no final de semana, também no cenário interno pode ser aguardado um grau inédito de agressividade contra quem está no limite da resistência ao desmonte do mínimo Estado de proteção social e ambiental que a Constituição de 1988 ainda garante ao Brasil.

Neste grupo se encontram, além de jornalistas, cientistas e professores, também  ambientalistas e indígenas.

93% dos brasileiros acreditam nas mudanças climáticas

A pesquisa “Realismo climático no Brasil” idealizada e desenvolvida pelo instituto Market Analysis revela que há quase unanimidade na opinião pública dos brasileiros: 93% acredita que o aquecimento é um problema, não uma ficção; que ele deriva das atividades humanas e não de ciclos naturais (90%); e que está vinculado às mudanças climáticas em vigor (84%).

Essas leituras indicam um grau de realismo climático bastante alto entre os brasileiros, apenas moderado pela convicção de que ainda há tempo e espaço para ajustes que permitam evitar uma tragédia global.

Veja mais dados da pesquisa aqui.